Por: Maria Eduarda Abreu
A Copa do Mundo Feminina de Futebol na AustrĂĄlia trouxe uma nova perspectiva de futuro para o jornalismo esportivo, um caminho que vem sendo trilhado hĂĄ alguns anos e que se fortaleceu no Mundial Feminino de 2019: mulheres tĂȘm ganhado destaque nas coberturas e transmissĂ”es de rĂĄdio, tv e internet nĂŁo apenas como repĂłrter de campo, mas como apresentadoras, comentaristas e narradas, algo que parecia improvĂĄvel em um passado ainda recente.
Por outro lado, embora novos rostos e vozes estejam ocupando espaços de destaque no cenĂĄrio esportivo da comunicação, ainda hĂĄ um padrĂŁo racial que se repete jĂĄ que a maioria das contratadas na ĂĄrea, principalmente em posiçÔes de destaque, sĂŁo brancas. A falta de diversidade racial no jornalismo brasileiro nĂŁo Ă© uma novidade, homens e mulheres negras ocupam apenas 20,10% das vagas nas redaçÔes segundo a pesquisa Perfil Racial da Imprensa e a tendĂȘncia Ă© que esse nĂșmero seja menor nas editorias de esporte.
Como resultado desse racismo estrutural as barreiras profissionais ainda que similares no aspecto de gĂȘnero nĂŁo sĂŁo iguais para mulheres brancas e negras, por isso quando as transformaçÔes relacionadas a gĂȘnero surgem mulheres negras demoram mais tempo para usufruir dessas mudanças. Outro dado da pesquisa Perfil Racial da Imprensa revela que 85% das jornalistas negras que participaram do estudo percebem discriminaçÔes de gĂȘnero e raça combinadas no dia a dia da profissĂŁo. Entre as açÔes apontadas estĂŁo assĂ©dio, descredito e discriminação no tratamento profissional.
Nessa lista selecionamos 7 jornalistas esportivas negras que estĂŁo driblando as adversidades na carreira e ganhando visibilidade para vocĂȘ conhecer.Â
Bia Santos
 Débora Gares
Denise Thomaz Bastos
Duda Gonçalves
Jordana AraĂșjo
Rafaelle Seraphim
Karine Alves