A Rede de Jornalistas Pretos participa junto com Associação de jornalistas Negros dos Estados Unidos do III Encontro de de comunicadores Afro-Hondurenhos, o encontro acontecerá na cidade de San Pedro Sula, em Honduras e visa analisar questões comuns e a realidade da comunicação comunitária neste país centro-americano e na América Latina.
O evento, que acontecerá entre os dias 14 e 16 de novembro no Hotel Los Andes, em San Pedro, no território hondurenho e conta com a participação de figuras importantes da comunicação. Entre elas, a jornalista brasileira Denise Mota, representante da Rede de Jornalistas Pretos no encontro que apresentará de forma remota uma panorama dos desafios de jornalistas negros no Brasil.
Além de Denise, Florencia González, do Projeto Luxemburgo, também fará uma apresentação sobre o trabalho que a iniciativa abrange e o jogador de futebol profissional Alberth Elis.
Autoproteção e cuidados pessoais
Além disso, eles aprenderão sobre o tema da autoproteção, que será abordado por Raylen Hernández da Oficina do Alto Comissariado para os Direitos Humanos em Honduras. O jornalista Jorge Burgos, do Criterio.hn, compartilhará sua experiência. Em seguida, haverá mesas de trabalho, apresentação de descobertas e, à tarde, um painel com a participação dos jornalistas.
Para Pablo Zapata, um dos jornalistas garífunas com mais experiência em Honduras, “participar deste tipo de espaços é muito importante, pois permite debater e analisar nossa realidade como profissionais de mídia”.
Zapata também destaca outro benefício importante: “aqueles de nós que estamos abrindo espaço para as novas gerações, nos destacamos no sentido de compreender um pouco mais sobre a dinâmica da comunicação e transferir nossa experiência para aqueles que estão entrando agora”.
Comunicadores afrodescendentes em Honduras
Aproximadamente 60 pessoas da comunidade afro estão envolvidas na comunicação em Honduras. Em muitos casos, eles desempenham uma função vital na divulgação de eventos comunitários, sendo também fundamentais para a promoção de mudanças sociais.
Um desses comunicadores é Humberto Castillo, que vê o encontro como uma iniciativa que cumpre a função de divulgar o trabalho que os comunicadores realizam, além de promover a coesão entre eles, já que alguns trabalham de forma isolada.
É importante reconhecer que esse tipo de comunicação é feito no dia a dia e sem apoio. Além disso, os comunicadores afrodescendentes em Honduras são um setor vulnerável que também enfrenta discriminação. Por isso, eles precisam lutar para manter sua voz ativa e exercer sua vocação comunitária.
A iniciativa de comunicação entre as populações afrodescendentes está crescendo justamente por conta das dificuldades que enfrentam. Por exemplo, no Brasil, existe a Rede de Jornalistas Pretos, Rede JP, e nos EUA a National Association of Black Journalists, NABJ.
Texto: Wa-dani News
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