Foto de Larissa Pontes. Ela sorri, tem óculos e cabelo encaracolado preso com um fone de ouvido.
Como parte do encontro do curso coordenado pela Rede JP e a escola de comunicação da UFRJ, a pesquisadora e coordenadora do site Eficientes, entrou em detalhes sobre a temática; ensinando desde termos adequados até pormenores das técnicas de descrição de imagens.
Quando se pensa em diversificar a comunicação, automaticamente nos vêm à mente uma disrupção à norma tradicional, seja pessoal ou do modo de fazer atividades na área. Ligada, claro, ao jornalismo, publicidade, criação de conteúdos para redes e etc. Mas o que muitos certamente não se atentam ao analisar o que realmente é implementar um modus operandi comunicativo diversificado é também compreender e efetivamente inserir, claro, acessibilidade ao que é feito. Isso no campo do que é produzido e de quem produz.
Aquilo que sua empresa ou você como jornalista ou profissional de comunicação fez é legível para todos? Pessoas com deficiência têm oportunidade de igual entendimento do que é falado? Outras com baixa visão e alfabetização também? E em seu texto ou vídeo, há descrição adequada de imagens? Por fim, partindo do externo ao interno, você como produtor comunicativo procura em suas matérias e no dia a dia evitar estereótipos ou frases inapropriadas sobre indivíduos PCDs ou de qualquer outra limitação física em atividade ou campo?
São essas questões — e muitas outras — que a aula desta sexta (5), comandada por Larissa Pontes, dentro do curso de diversidade e inclusão na comunicação e jornalismo digital promovido pela Rede JP em parceria com a escola de comunicação da UFRJ procurou refletir nos presentes e até, objetivamente, responder. Traçando exemplos de como os profissionais e entidades noticiosas se comportam sob diversos tópicos dentro do amplo assunto, Pontes demonstrar quais os pontos de melhoria que nós, comunicadores, já adquirimos e podemos aprimorar acerca do tema.
Além disso, ela, que é pós-graduada em jornalismo e gestão de negócios e coordenadora do site de notícias e reportagens Eficientes, calcado na acessibilidade tanto em produções quanto na luz do assunto —, aproveitou para também adentrar em alguns aspectos mais técnicos do tema, ainda que de forma sóbria e bem didática. E talvez seja esse o grande trunfo do encontro: a implementação de um panorama sobre a que andas a demanda e a efetiva acessibilidade hoje e no futuro e de que forma podemos melhorar como profissionais.
A acessibilidade comunicacional, sua amplitude e o conceito de Linguagem Simples
Ao iniciar a aula, Larissa apresentou uma série de definições ligadas à acessibilidade. Desde a própria terminologia da palavra até tópicos e tipos relacionados à ela. Ao demonstrar alguns deles, a pesquisadora focalizou a de acessibilidade comunicativa, foco do encontro.
Ao já entrar no tema, Pontes ressaltou como para além do significado do termo, obviamente contemplador de uma comunicação de fácil compreensão à todos, é, segundo suas palavras, “extremamente importante” analisar pontos de acessibilidade que devemos melhorar ou efetivamente implementar. O primeiro deles foi apresentado pela especialista na forma do uso de terminologias corretas adequadas quando nos referimos à pessoas com deficiência (PCDs), surdas e cegas.
Print da apresentação em slide da aula com lista das terminologias corretas: pessoas com deficiência, surda, cega, deficiência física, visual e auditiva. Elas estão enlistadas em letras caps lock branco com um símbolo de certo amarelado no lado esquerdo do print sob um fundo azul, com bolas amarelas decorativas do lado esquerdo.
Apontando termos incorretos, Larissa aproveitou para esmerilhar alguns pontos de possível dúvida que muitos profissionais de comunicação nem sempre se atentam, como a diferenciação de “pessoa com deficiência auditiva” para “pessoa surda”.
“Quando entendemos acessibilidade, é sempre necessário a gente compreender o que ela atribui, pede de nós. Isso para além do significado. Entrando nesta parte de terminologias há uma inserção nessa questão, sobre o uso de termos incorretos. […] Esses termos somos muitas vezes reproduzidos a fazer, ou ensinados, mas sempre acabamos reproduzindo e consequentemente os difundidos. […] São diferenças um tanto sutis, mas dão outro significado à tudo. Isso para PCDs e afins. Fora que há uma questão também. Uma pessoa com deficiência auditiva é diferente de uma pessoa surda. Ambos termos estão corretos, mas as pessoas acham que ‘surdo’ não está e só vale o primeiro. Mas nesse caso enquanto a deficiência auditiva é adquirida ao longo da vida e pode ser parcial, a surda é desde o nascimento. […] Há outros exemplos também, que se aplicam às pessoas com deficiência visual também. Então estudar terminologias para além de adequar-se à acessibilidade, é compreender os termos e as diferenças deles. De significado, enfim. Isso tudo não tem a função de só apontar os errados e corrigir, mas mostrar a real diferenciação e a forma correta de quando e como devemos usar.”
Em seguida, Larissa apresenta o conceito de Linguagem Simples. Ele, técnica de comunicação surgida nos anos 1940, denota que a transmissão da informação e a feitura dela devem se valer da forma mais “universal” e direta possível. A pesquisadora defende a importância do termo e de como ele, ainda que bastante utilizado e crucial na história do jornalismo, não acaba plenamente pensado para além da objetividade “fria” das redações, ou seja, ao efetivamente para que pessoas com deficiência e outras necessidades acabem tendo acessibilidade informativa.
Pontes demonstrou como a acessibilidade não deve ser vista como exclusiva à indivíduos PCDs ou de necessidades próprias físicas ou mentais, mas também até a pessoas com baixa escolaridade ou instrução. Adentrando a explicação, a pesquisadora exemplificou o que queria dizer através de uma frase de demonstração do uso da ferramenta de transferência digital Pix, redigida de forma inacessível originalmente e refeita por ela, agora mais fácil em compreensão.
“A verdade que muitos se atentam é que o conceito de acessibilidade justamente é guarda-chuva, amplo, de permissão da compreensão e chegada do conteúdo à todos. Muitos acham que é só a PCDs ou algo do tipo e é uma barreira que precisa ser quebrada, pois todos temos necessidades de alguma forma. […] Nem todo mundo compreende um termo ou nem todo mundo tem plena educação e alfabetização. A Linguagem Simples abrange isso, do doutorado ao formado no fundamental. […] No jornalismo isso é uma praxe bem difundida, mas se fica restrita nos veículos como uma coisa até de ‘venda’ da notícia e não de plenamente se pensar: ‘isso precisa ser lido e entendido por todo mundo’. E é nisso que a acessibilidade e a Linguagem Simples trabalham. Nessa frase [do Pix] há um erro não apenas da inacessibilidade, mas também do estereótipo que acabamos formando, de que o digital é automaticamente adotado só pelas pessoas de ‘alto estudo’ ou ‘escolaridade’ e não é. A internet hoje anda acessível da classe A até a D, ainda que muitos lugares não tenham, é uma realidade da população brasileira.”
Ao encerrar este ponto, Larissa também tocou na importância das descrições de imagens, algo gradativamente usado nas redações e criação de conteúdo. Ao salientar a implementação, a pesquisadora frisou a maneira como deve ser feita apropriadamente a prática: textos objetivos, da esquerda à direita e mais detalhistas possíveis sobre não apenas o que significa uma foto mas os elementos mais aprofundados presentes na mesma: aparência, roupa, expressão facial, afins.
De acordo com a palestrante, as descrições servem não apenas a uma mera explicação, mas de tentar trazer o máximo de imersão e representação do mundo real ao que aquela foto significa. “É também dar a quem não tem oportunidade de enxergar propriamente todos os detalhes do que aquilo efetivamente o é; dar a chance completa de formação imagética pelas palavras, isso é acessibilidade”, ressalta.
Prints da apresentação no slide da aula sobre a forma correta de entrevista a um PCD. O fundo está em azul, com o termo “Como entrevistar uma pessoa com deficiência” em negrito e capslock em ambas imagens. Nelas estão os seguintes tópicos do lado direito, em ordem do primeiro slide: Não se dirija apenas ao acompanhante; Ofereça ajuda, mas não insista caso a pessoa recuse; Não infantilize a pessoa; e Esteja na mesma altura que o entrevistado, caso seja um usuário de cadeiras. Do lado esquerdo, ainda no 1º slide está uma ilustração de uma mulher, negra e com tranças com um celular na mão, sentada em uma cadeira de rodas sob um fundo estilizado em design. No segundo print, também do lado esquerdo, estão outras seguintes recomendações: Não mande mensagens de áudio paraentrevistados com deficiência auditiva; Prefira escrever, mas opte por um textocom linguagem simples; Para entrevistados com deficiência visual,os formatos de áudio e texto são usuais; Não dramatize a entrevista ou coloque a PCD na posição de herói. Características visuais são as mesmas do 1º slide.
Métodos de como fazer a acessibilidade e torná-la real na criação de conteúdo comunicativo
Em seguida, ao apresentar dados sobre pessoas com deficiência no Brasil e mundo, Larissa chama atenção a um dado triste e um tanto alarmante, coletado do Movimento Web Para Todos: da baixa quantidade de sites que efetivamente seguem diretrizes de acessibilidade. Para se ter uma ideia, apenas 1% dos endereços digitais as cumprem. Neste instante da aula, algo ressaltado por ela na seção de perguntas e respostas posteriormente, é frisado pela especialista como ao mesmo tempo a internet tornou acessível a chegada da informação mas não a compreensão dela para boa parte da população PCD, que continuou sem entender e “codificar” o que é noticiado, explicado.
Usando os números como gancho, Larissa elenca quatro tópicos como essenciais à acessibilidade dos portais e sites: a perceptividade, operatividade, compreensibilidade e o robusto. Sobre eles, a especialista categorizou o impacto e importância de cada um sob distintas responsabilidades dentro de uma organização e a um profissional de comunicação.
- Perceptividade – Estímulo a percepção não só do usuário como própria a distintas formas de consumo e feitura do conteúdo, incluindo descrição de imagem; roteiros para conteúdo multimídia; criação de material apresentado em modos distintos e facilitação do usuário a visualização de distintos conteúdos.
- Operatividade – Análise do funcionamento efetivo das implementações e impacto delas. Disponibilidade no teclado; manutenção de tempo suficiente para os usuários lerem e usarem o conteúdo; evitar interfaces visualmente sensíveis; facilidade na navegação e localização dos conteúdos.
- Compreensibilidade – Atuar na destreza e analisar o entendimento do conteúdo produzido. Tornar o texto fácil de ler e entender e fazer com que as páginas da Web apareçam e funcionem de maneira esperada, além de ajudar os usuários a se deparar com a menor quantidade de trechos truncados e erros possíveis.
- Robusto – Formação de força entre todos os recursos aplicados, incluindo tecnologia assistiva e fluxo de compatibilidade entre agentes futuros e atuais do site.
Nestas quatro, Larissa salientou o quanto a integração destes elementos é o que forma a base não apenas de uma acessibilidade de conteúdo mas de versatilidade da forma de produção comunicativa e, claro, jornalística em si. “Sempre observo essas políticas como meandros, meios, de aprimorar nosso lado versátil de comunicação. Se nós só conseguimos passar um conteúdo de um jeito, não há apenas uma falta de acessibilidade efetiva, mas uma limitação própria nossa como profissionais, pensar em quem vai ler, na personalização do conteúdo mais do que nele em si, claro, é a grande diferença.”, ressalta.
Dicas efetivas de aprimoramento de conteúdo: da tecnologia dos hiperlinks à distribuição de títulos
Na parte final da aula, antes de entrar numa ótima sessão de perguntas, nas quais Larissa respondeu sobre sua trajetória coordenando o Eficiência — site próprio de produção de conteúdo jornalístico acessível e voltada a área em termos de conteúdo —, a especialista frisou quais, em sua opinião, são os principais pontos de atenção em sites e aos próprios comunicadores na acessibilidade.
Enumerando vários pontos e esmerilhando exemplos e explicações a respeito de cada um, a palestrante ressaltou os mais diversos campos de aprimoramento para sites, portais e conteúdos nas redes. Os títulos e o uso das hashtags, que devem ser representados por tags de h1 até h6; e os hiperlinks, que devem apresentar contraste entre a cor do texto, além de destacador em aparência e ter boa área para o clique/toque, foram os primeiros a serem destrinchados com as dicas de melhoria.
Além da própria descrição de imagem, que Larissa já havia ressaltado a forma correta como mencionado anteriormente no texto, a especialista deu enfoque a outros três tópicos: o uso de contrastes, cores e arquivos multimídia. Enquanto no primeiro, a palestrante recomendou evitar utilizar imagens como plano de fundo ou nesta função decorados com listras e círculos, para as cores ela frisou que as mesmas devem ser implementadas com cautela nos textos e jamais de forma exclusiva ao destacar uma informação.
Por sua vez, ao falar dos arquivos multimídia, Larissa fez questão de dar apontamentos tanto na distribuição dos conteúdos como na legenda e transcrição dos mesmos. No primeiro campo, a especialista aconselha a utilização de métodos alternativos de acesso a vídeos ou áudios, disponibilizando um arquivo na página no qual ambos se inserem para download ou um link para a transcrição textual. Uma outra alternativa seria a própria áudio-descrição, que pode ser “ajudada” através de aplicativos digitais.
Além da sugestão de interpretação em libras, sobre as legendas a palestrante e especialista aconselhou a limitação em até duas linhas escritas, a centralização das mesmas no inferior da tela, e o máximo de 70 caracteres totais por frase ou trecho/período. Também aproveitou e frisou a utilização de fontes sem serifa e não-decoradas, para evitar distorção às pessoas de baixa visão.
No 1º print estão dicas de inserção de texto no Instagram: No slide aparece, do lado esquerdo, na seguinte ordem: Nova publicação, Configurações avançadas, Acessibilidade, Escrever texto alternativo e Concluir. Ao lado prints em tempo real do aplicativo sob fundo azul. Em baixo, no segundo print, inserção no Facebook: Criar publicação, Editar, Texto Alternativo, Salvar e Publicar. Mesmas características imagéticas.
Por fim, sobre os textos, Larissa enfatizou um pedido de cautela por parte dos criadores de conteúdo, já que, segundo ela, eles são a “espinha dorsal” da produção comunicativa. Por isto, tal área é, além de menos observada muitas das vezes, a mais fácil de acabar se “embananando”.
Desenvolver apenas um assunto por parágrafo; simplificação para o propósito do conteúdo (sujeito, verbo e objeto, preferencialmente); sentenças longas alternadas com curtas e evitar o uso de jargão, gírias regionais ou termos especializados estão, claro, entre as recomendações vitais. Outros tópicos como a escolha de palavras comuns; listas de itens em vez de longa série de palavras e uso de voz ativa também não ficaram de fora dos pontos aconselhados.
Por fim, Larissa também deu breve explicação a respeito de como deve ser feita a implementação de libras nas redes. Além de graficamente (via slides) na apresentação dar exemplos, ela pontuou:
“Existe uma distinção na feitura das janelas de libras das redes como para canais. Nas redes, em reels, as legendas ficam na lateral á esquerda. A janela fica entre os ícones interativos junto da legenda. A cor mais usada deve ser uma forte, geralmente amarela. […] Para o YouTube você tem de ter um suporte um tanto mais adequado, de iluminação e afins. Um plano de fundo neutro, vestimenta clara e uma altura meia da tela com aproximadamente um quarto da tela em largura. O recorte a gente tem que aproveitar ser o mais claro também, não pode ser coberto pela tela. […] É muito importante essas diferenciações para não apenas ter libras, mas torná-las efetivamente implementadoras de um impacto no conteúdo produzido. Está ali mas as pessoas irão ver? Isso tudo influi e deve ser levado em consideração.”
Ela também reservou um tempo, perto do fim da aula, para frisar o quanto a tecnologia das próprias redes ajuda a comunicação a ser mais acessível. Ao mesmo tempo, ao ser perguntada sobre a utilização de ferramentas de IA para ajuda na criação de conteúdos transcritos e afins, Larissa foi simpática à alternativa, mas deixou claro o quanto ela deve ser auxiliadora e não encarregada exclusiva de algo na qual também devemos fazer.
“Nas próprias redes há exemplos de como se inserir texto descritivo. E isso é uma forma que as redes já estão fornecendo essa alternativa junto às grandes companhias de comunicação. Já há um avanço, sem dúvida, mas ainda falta continuarmos isso como algo não apenas ‘anexo’ à modernidade, mas parte dela, integralmente. […] Sobre o uso de IAs e equipamentos de transcrição e ajuda na codificação para transcrever e afins, elas já são usadas e acho uma parte positiva disso, mas não devem ser exclusivas. Colocar tudo nas mãos delas, dos aplicativos é um tanto ingênuo. […] A distribuição dessas funções com o que podemos fazer e vemos na hora de transcrever, tornar acessível é o que faz a diferença. Tanto que sempre os vejo como pavimentadores da acessibilidade, não agentes direto dela, como nós somos.”
Print de inserção de texto descritivo apresentado na aula. Ir na seguinte ordem à aba: O que está acontecendo?, Editar, Alt e Post. Ao lado, prints do aplicativo sob fundo azul. No Linkedin. Ir para as abas: Começar, Publicação, Texto Alternativo e Concluir. Mesmas características imagéticas.
Considerações gerais
Logo depois do fim da aula e na abertura da seção de perguntas e respostas, a especialista falou sobre alguns outros assuntos. Entre os quais, melhores implementações tecnológicas e que sites e iniciativas ela considera importantes neste caminho da comunicação mais acessível. Larissa aproveitou também para contar do trabalho que desenvolve no Eficientes e de como ela passou a focar sua vida profissional na área da acessibilidade comunicativa.“Estava na faculdade e fui percebendo o quanto isso era um tópico, um tema quase deserto, as pessoas viam, sabiam que estavam ali mas ninguém realmente dava a atenção devida e se dedicava sobre o que aquilo dizia a nós como sociedade. Fui passando a conhecer pessoas, etc e a estudar sobre e hoje digo que é um norteador da minha vida pois do que adianta um conhecimento ser entregue a mim e não ser acessível a todos?”, completa.
Em determinado momento, ao ser perguntada sobre o futuro da comunicação, Larissa se disse otimista perante o aparato tecnológico que permite maior profundidade de empresas e criadores na hora de criar um conteúdo acessível objetivo. Porém, frisou a importância humana da equação.
“Acredito que houve um avanço nesse sentido. Das empresas e dos criadores de conteúdo comunicativo hoje estarem dispostos e realmente se dedicarem. E acredito que a tecnologia ajuda a adaptá-los, pavimentar o caminho. […] Mas a estrada quem segue somos nós, então acredito que quanto mais dermos luz a esse assunto, em esfera pública, social, de debate, mais conscientização se traz. […] Acredito que nenhuma implementação e avanço de acessibilidade se dá sem a humanidade, o social, abarcar o que é feito e de fato implementar algo. […] Então a tecnologia ajuda a essas empresas e ela nem sempre é acessível, então muitas ferramentas são menos objetivas na ajuda da acessibilidade e tudo tem que ser completado pela equipe, humana. E é entregue. Pode ter falhas, mas a tentativa se faz constante. E nela é que se acerta com o tempo. E assim a acessibilidade ocorre. […] Não há como ter tecnologia que ajude nessa questão sem a vontade e principalmente a sensibilidade humana em adaptar aquilo para o dia a dia. Por isso sem nós não há acessibilidade.”
Próximas aulas e o curso
O curso “Diversidade, Inclusão e Novos Formatos no Jornalismo Pós-Digital” está em atividade desde março último, em parceria da Rede Jornalistas Pretos com a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Uma iniciativa coordenada por Marcelle Chagas e Ivana Bentes, contará com aulas até julho.
Todas elas podem ser conferidas integralmente no canal do YouTube da Extensão UFRJ. Pelo nosso próprio site, na aba “Notícias”, também estão as matérias semanais de cobertura das aulas, com os principais destaques apresentados pelos profissionais convidados. Pelo canal da Rede JP também estão disponíveis excertos e cortes dos encontros.
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