Por Sandra Roza
Nos últimos anos, as três palavras Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) se tornaram cada vez mais presentes no mercado de trabalho, principalmente no Linkedin, por exemplo. Mas você sabe o que elas significam, na prática?
Bom, na maioria das vezes DEI é abordada no mercado de trabalho é para falar sobre pessoas. Por exemplo, a palavra Diversidade carrega em si uma infinidade de classificações para diferentes assuntos, como diversidade de conhecimentos, profissões, entre outras. Sendo um dos seus principais pontos: ser usada no dia a dia para apresentar que há Diferenças.
No contexto empresarial, a palavra Diversidade é essencial para que os espaços tenham mais diversidade racial, regional, etária, sexual, gênero, religiosa/crenças, entre outras.
Aqui, entra outra palavra importante: a Inclusão, principalmente porque os ambientes podem ter toda a Diversidade, citada acima, mas não incluir ela. Sabe a famosa frase da Vernā Myers (Vice Presidente de Estratégia de Inclusão, na Netflix): “Diversidade é convidar para a festa e inclusão é chamar para dançar”? Então, na maioria das vezes, pessoas diversas não são chamadas para dançar, ou seja, incluídas.
Incluir é muito mais do que uma palavra bonita. É prática e ação. Ela significa, primeiramente, respeitar as pessoas diversas, entender que elas são pessoas, tem opiniões, que são importantes e parte da organização, por exemplo. É não deixar nenhuma delas de lado, mas trazê-las sempre junto.
Na prática, incluir não é fácil, pois desde o início escolar, muitas vezes, grande parte da população cresce aprendendo a excluir todo mundo que é diferente, das brincadeiras, festinhas, entre outros momentos de interação ou aprendizado. Além disso, outros espaços sociais e produções midiáticas também acabam contribuindo para o processo de não inclusão de pessoas diferentes. Infelizmente, isso acaba refletindo na sociedade e no mercado de trabalho.
Seguindo, outra palavra que não podemos esquecer é a Equidade. Quase sempre ela é confundida com Igualdade, que se refere ao acesso das mesmas oportunidades para diferentes pessoas. Porém, cada uma é única e tem uma história e trajetória diferente. Assim, é importante que elas tenham as mesmas oportunidades, entretanto considerando as suas especificidades. Por exemplo, quando se fala em equidade de gênero, principalmente com foco em mulheres no mercado de trabalho, é uma forma de mostrar que, mesmo que elas sejam mais qualificadas e experientes, não receberão o mesmo salário que um homem.
Dessa forma, a Equidade é essencial para a criação de políticas e ações afirmativas para que essa desigualdade não permaneça, como vagas afirmativas para mulheres em diferentes cargos e ramos empresariais com salários equivalentes ao cargo e experiências. Além disso, abrindo um pouco mais a diversidade de mulheres, raça, sexualidade, idade, classe, regionalidade, crenças, entre outros marcadores sociais, as desigualdades salariais, educacionais, acesso à renda, etc, serão maiores. Nesse processo, a Equidade é fundamental para que nenhuma dessas mulheres seja ainda mais excluída.
Compartilho aqui também o TED da Vernā: “” (ele também tem a opção de legenda em português).
*Sandra Roza
Coordenadora de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e Relacionamento Institucional na Rede de Jornalistas Pretes pela Diversidade na Comunicação (Rede JP), Mestra em Comunicação (UFOP), Jornalista (UFOP) e Especializada em Comunicação Estratégica na Sociedade 5.0.
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